Na penumbra, alguém
escreveu,
Ou tê-lo-á apenas ditado
desta ou de outra forma:Somos todos os homens e todos os seus sonhos...
Em nós há, tão-só, a solitária memória
E o outro que nunca fomos, que jamais seremos.
É sabendo-o que abraçamos a compreensão do todo
e-sempre-adiado-futuro.
Mímesis, somos o código secreto,
O genesíaco e dinâmico abecedário da face divina.
Em nós, última, a primeira manhã nasceu e morreu,
Como uma nuvem que ainda recordamos:
As águas do princípio serão as águas do fim.
Então, imitatio,
Fomos-somos-seremos todos os feitos,
As suas horas e o seu pó,
O despertar e a nossa morte...
Ouvimos o chamamento deste dia que é todos os outros.
Jamais um ato não terá sido cometido,
Ou um livro escrito,
Ou este poema uma cópia.
Alguém provavelmente o disse antes de mim:
Somos todos os homens
Por isso, com eles ou sem eles,
Estamos SÓ