Quando
olho a noite clara e quieta,
Entendo
que o Universo dos Homens
É
tumultuoso e instável.
Ausculto
o que há em mim
E
essa consciência que me sonda,
Como
raízes que se afundam,
Cria
meandros agónicos
De
vozes altivas de capatazes
Que
me ordenam, me comandam
E
me julgam a mim:
Meu
próprio ladrão, minha própria criança,
Minhas
próprias sementes.
Mas
é a noite que chama mais alto
E,
no silêncio, minha condena desvanece.
Até
que, na boca do vento,
Nasce
uma paz insondável,
Quando penso que ainda não é amanhã